PROMETEU E A SAUDADE
A saudade,
De um amigo que reside distante,
De alguém que se foi
De alguém que não vejo há anos, ou até mesmo alguém
Que o vi apenas há alguns instantes
É uma armadilha, uma encruzilhada
Quando ela bate, não podemos fugir
São como as correntes indestrutíveis forjadas por Hefaistos, o deus Ferreiro
Por ordem de Zeus
Para acorrentar o titã Prometeu
Que, astutamente roubou o fogo do Olimpo,
E foi punido, sendo condenado a ser acorrentado
No alto dum pico, aonde o visitava
Uma águia, que aqui a chamo Saudade
Que ia corroer o fígado do titã eternamente
Assim como a saudade corrói-nos o fígado
Quando menos esperamos
E quando este sentimento é regenerado
Outro tempo, ela volta e o devora
Quando menos se espera ela bate á tua porta.
Camila Ercília
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